STARTUP – UM MODELO DE NEGÓCIO INOVADOR

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STARTUP – UM MODELO DE NEGÓCIO INOVADOR

STARTUP - UM MODELO DE NEGÓCIO INOVADOR

A ideia do Movimento “STARTUP” surgiu com o avanço tecnológico no “Vale do Silício”, na California, por volta da década de 70. Após os anos 2000, com o desenvolvimento das empresas “pontocom” junto com surgimento da internet, nasceram as empresas parecidas com as startups que conhecemos hoje.

               Mas antes disso, há quem considere a garagem onde William Hewlett e David Packard fundaram a companhia HP, em Palo Alto, no final dos anos 1930, como o lugar em que o Vale do Silício nasceu. Ou ainda, há quem afirme que a fundação da Fairchild Semiconductor, em San Jose, no ano de 1957, foi de fato a primeira Startup formada no mundo. [1]

               Mas afinal o que é uma startup?

               Startup são empresas nascentes que se preocupam ou se utilizam de tecnologia e inovação na sua cadeia de produção do produto ou serviço. Utilizando de tecnologia, esse modelo de negócio possui uma possibilidade de escalabilidade e assim atingir novos mercados com rapidez e eficiência, sem aumentar seus custos significa e proporcionalmente; Além disso, são responsáveis, constantemente, por desenvolverem novas áreas e novos modelos de negócios antes impensáveis, na condição de extrema incerteza.

               Segundo a definição de Eric Ries, autor do best-seller “The Lean Startup” (ou A Startup Enxuta”): “Uma startup é uma instituição humana desenhada para criar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza”.

               É uma empresa em fase de desenvolvimento inicial, não sendo um tipo societário, caracterizada por inexistir processos internos burocráticos e estratificados, sem organização clara (e rígida) de funções, em que o empreendedor utiliza de seu próprio dinheiro, visando sempre controlar os gastos e os custos.

               Após a fase de Ideação do modelo de negócios, a Startup se utiliza de MVP (mínimo produto viável ou modelo protótipo) para operar com o mínimo possível e essencial para entrar no mercado, testar seu produto ou serviço, e permitir constantes e regulares modificações e aperfeiçoamento do modelo original, ao longo do tempo.

               Startups possuem como características: inovação, escalabilidade, flexibilidade, repetição, potencial superior e trabalho em equipe, dentre outras.

               Inovação seria a capacidade de solucionar, de forma ágil e criativa, problemas encontrados do dia a dia, criado assim produtos diferenciados ou até mesmo novos produtos, a partir das dores dos consumidores.

               Escalabilidade é um modelo de negócio que, ao crescer exponencialmente, seus custos não aumentam proporcionalmente ao retorno obtido, fazendo com que a empresa consiga aumentar seu faturamento em um ritmo maior do que as despesas geradas.

               Flexibilidade é uma maior capacidade de adaptação; Assim, uma startup precisa se adaptar as demandas dos mercados, organizando-se interna e externamente, de forma rápida e eficaz.

               Repetição se caracteriza por entregar os mesmos produtos e serviços de modo repetitivo ou de forma recorrente. Potencial Superior significa dizer que a Startup, ao conquistar seu mercado local e regional, poderá, a partir de uma nova estratégia comercial, escalar seu negócios de modo a alcançar novos mercados, aumentos seus consumidores.

               Trabalho em equipe é essencial para uma startup, por conta de ser uma empresa em seu início e pequena, que necessita da união dos integrantes para gerar uma equipe sólida e firme, e atingir resultados esperados. Uma forma bem visível de observar o trabalho em equipe é a cultura colaborativa dentro das Startups, em dinâmicas como o Design Thinking, em que todos os integrantes são ouvidos para importantes assuntos, como a formação de valores e cultura da empresa.

               Na criação de uma startup, uma ideia inovadora é a base do negócio. Em observação do mercado atual, o novo empreendedor deve criar soluções inovadoras, práticas e rápidas para determinadas questões do público alvo que visa alcançar.

               Na realidade, o que se está por trás de uma Startup é a busca de INOVAÇÃO no segmento explorado, curando uma dor recorrente do seu público alvo, a um custo acessível e facilmente replicável pelo uso de tecnologia.

               Colocando tudo no papel o passo seguinte é testar o produto através de um protótipo, utilizando o Mínimo Produto Viável (MVP) que irá observar e coletar dados sobre os clientes e corrigir supostos erros no desenvolvimento para que com isso gere o produto final realmente útil. Logicamente, o modelo de Startups deve-se preocupar com os constantes feedbacks dos seus clientes, a ponto de criar um movimento chamado “Costumer Centre” (ou o Cliente no centro) ou “Costumer Experience” (a Experiência do Cliente) para definir ações e métricas para avaliar o resultado ou aceitação de um produto ou serviço, dentro de uma Startup.

               A conjugação perfeita entre a Liderança (Sócios), que tenha Background e experiência no segmento de atuação da Startup e busca por time diversificado e de qualidade é o segredo do resultado positivos que algumas Startups que estão atraindo cada vez mais investimentos e captação de recursos, para um dia se tornarem os chamados Unicórnios, ou seja, empresa com valor de mercado de mais de 1 Bilhão de Dólares ou, para alguns especialistas como Bedy Yang (500 Startups), empresa que tem capacidade de replicar por volta de 50 vezes o investimento realizado.

               O investimento em Startups, que já foi alvo de um artigo elaborado pelos Drs. Eduardo Giuntini Martini e Dr Felipe Ramalho Polinario, publicado no nosso site https://polinario.adv.br/investimentos-em-startups-e-suas-etapas/ em 05/11/2019[2], pode ser simplificado em PRE SEED e SEED, e se distingue na forma de participação (ou equity), valores e momento de investimento.

               Um dos motivos de uma startup se basear na extrema incerteza seria que não segue o padrão normas de mercado que testa os produtos por um longo lapso temporal, fazendo modificações antes de colocar o produto no mercado. Esse novo modelo de negócio não testa os produtos antes de inseri-los no mercado e sim testa inserindo-o, com constantes feedbacks dos clientes.

               Lida com a lógica do erro e do acerto, perceber a dor do cliente para assim conseguir ajudá-lo;  Neste estágio terá o desenvolvimento técnico necessário para implantar um produto ou serviço validado pelo mercado.

               O empreendedor vê que o padrão de negócio não funcionou, seja porque superestimou seu produto ou serviço, seja por seu cliente não o aprovou, e desenvolve uma nova forma de fazê-lo; A partir daí, dizemos que ele “pivotou”, termo que significa mudança de direção, e que ele deverá retomar novamente os procedimentos de testes e feedback dos clientes.

               Obtenção de informações sobre desejos de consumo que os clientes anseiam é um dos passos importantes para o sucesso da empresa, fazendo coleta de dados, pesquisas em campos e principalmente saber se ele está disposto a pagar o preço final do produto.

               Para maior entendimento do que é uma startup temos que entender a diferença entre a empresa tradicional e a empresa de tecnologia.

               Na década 1980 as maiores empresas do mundo eram do ramo automobilístico ou de óleo e gás.

               Nos dias atuais as maiores empresas do mundo são as empresas de tecnologia que um dia já foram startups, por exemplo, Apple, Google, Facebook, entre outras.

               A lógica da economia mudou os valores da empresa tradicional em comparação com as empresas de Tecnologia, em geral Startups. Enquanto nas tradicionais, os valores relevantes eram ter imóvel próprio, estoque e maquinário, nas empresas de tecnologia, suas principais bens e valores são as bases de dados e o valor da sua marca.

               Assim, a lógica da metodologia “LEAN” é utilizado nas startups, e seria uma inversão na dinâmica de mercado existente, que deixa de focar no produto e passa focar no cliente, visando evitar gastos, tempo e esforços com produtos anteriormente lançados sem comprovação de satisfação dos consumidores. Hoje, com a inversão e a adoção da estratégias LEAN STARTUP, o empreendedor, ao identificar uma dor como um oportunidade de negócios, desenvolve seu produto ou serviços de forma arcaica e primária, levando à aprovação de um grupo de cliente, recebendo constantes feedbacks e aperfeiçoando o produto ou serviços, antes de lança-lo maciçamente ao público.

               Esta é a regra que está sendo praticada hoje entre os empreendedores de Startups, e pelos resultados e quantidade de novas Startups sendo criadas, atingindo a qualidade de Unicórnios, vem demonstrando ser a metodologia mais eficaz. Você dúvida disto?

Amanda Fálico Mendes – Estagiária de Direito

Felipe Ramalho Polinario – Advogado de Startups, Especialista em Processo Civil pela FGV/SP

Bibliografia:

[1] https://fia.com.br/blog/vale-do-silicio/

[2] https://polinario.adv.br/investimentos-em-startups-e-suas-etapas/

[3] https://www.sbcoaching.com.br/blog/startup/

[4] https://blog.toroinvestimentos.com.br/startup-o-que-e-como-funciona

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