VOCÊ TEM CERTEZA QUE QUER RESULTADOS DIFERENTES FAZENDO SEMPRE AS MESMAS COISAS?
Ao longo do mês de julho o escritório desenvolveu, em uma série de artigos escritos por todos os colaboradores, o tema de negociação, e isso pelo motivo de entendermos a importância de tratarmos o assunto “negociação”, como uma ciência, como uma mudança de mindset, como uma postura pessoal, como um sinal de mudança.
Para revê-los basta clicar nos links ( https://polinario.adv.br/voce-vai-continuar-travando-uma-guerra/ ; https://polinario.adv.br/negociacao-e-o-metodo-de-harvard/ ; https://polinario.adv.br/os-cinco-pilares-da-negociacao-estrategica/ )
Duas coisas em comum que tratamos ao longo de todos os assuntos são:
E para finalizarmos essa série de artigos sobre negociação, gostaríamos de compartilhar algumas experiências vivenciadas pelo escritório, em que acertamos e em outras que erramos (e reconhecemos – pois infelizmente tem aquelas que não reconhecemos e não tem volta) e aprendemos como contornar a situação e melhorar nossa negociação.
Mas antes, gostaria que você, caro leitor, pensasse na seguinte frase e que tem tudo a ver com o título desse artigo.
“O objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o sucesso” (Joseph Joubert)
A vitória pressupões um lado derrotado. O progresso, vê o benefício de todos.
1. Um número de telefone.
Em um dos casos do escritório que envolvia solução parcial de uma sociedade, foram realizadas várias reuniões com todos os envolvidos, buscando uma solução amigável para o caso, sem a necessidade de que fosse feito através de uma ação judicial.
Infelizmente a dificuldade na comunicação nos levou a ação judicial. Contudo, sempre buscando meios de resolver o problema, mantivemos contatos e propostas, até que num determinado momento, numa fala solta, descobrimos um interesse que poderia resolver a situação, um interesse até então escondido (depois de meses), sobre um número de telefone específico que uma das partes queria e que a outra, no final das contas não se importou em passar, e assim, resolveu-se o conflito.
2. Uma fala certa na hora errada
Em outro caso de dissolução parcial da sociedade de uma empresa, conversávamos diretamente com nosso cliente, sobre as propostas que havíamos elaborado conforme os interesses e informações que ele nos havia passado na primeira reunião que tivemos com ele.
Porém, as motivações nunca são expressas em sua totalidade numa única reunião, e expectativas são constante na vida humana. Nessa segunda reunião, o cliente após ouvir e concordar com nossas propostas de comunicação com os demais envolvidos, trouxe uma ideia de negociação também, mas que não era possível juridicamente.
E, embora uma fala jurídica totalmente certa, soltamos ela no momento errado, pois o cliente sentiu que, todo o tempo e dedicação desprendida para elaboração, não deram em nada. Conseguimos contornar reafirmando que a ideia era boa, mas não era possível (não dá para voltar atrás na palavra), mas que ele podia confiar que, assim como nós havíamos criado uma boa estratégia, poderíamos pensar em mais alternativas ainda.
3. Diferença entre o que eu fiz e o que deve ser feito
Recentemente, num projeto específico envolvendo cinco pessoas, onde somente uma delas tinha uma habilidade específica, precisávamos entregar uma solução para um cliente em 72 horas.
Após as dificuldades iniciais em traçar planos e estratégias, alinhamos a comunicação e o plano de ação. Contudo, horas antes de entregarmos nossa solução, a única pessoa com uma habilidade específica, não conseguiu terminar a própria parte e isso afetou profundamente os ânimos de todos da equipe.
Quando isso acontece, e isso acontece em todas as equipes, aqueles que fizeram sua parte, ou estão terminando, tem a tendência de jogar as frustações, as dificuldades o cansaço naquele que cometeu o erro.
Veja bem, não estou defendendo o erro, contudo, o foco é entregar uma solução para o cliente, nesse ponto, consegui chamar a atenção de todos para pararmos de discutir e jogar nossas decepções numa única pessoa e focarmos no que poderia ser feito para que o cliente e nem a equipe como um todo fossem prejudicados naquele momento.
Por fim, conseguimos criar uma solução para a ausência daquele problema e entregar ao cliente o que ele desejava. O controle emocional foi fundamental nessa negociação com a equipe.
Esses três breves relatos demonstram o que fazemos enquanto escritório de advocacia e o que podemos fazer por você.
Negociação é uma ciência que estudamos e levamos a sério no escritório.
Que tal um café para conversarmos?
THIAGO DE CAMPOS VISNADI, Advogado Especialista em Direito Digital e Startups